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​XII Semana de História:

“Tempo, História e Mundo da Vida”

 

​XIII Semana de História:

“História, autoritarismo e redemocratizações”

07 à 10  de outubro  de 2014
 Faculdade de História da Universidade Federal de Goiás - Goiânia

 

 

 

 

 

 

APRESENTAÇÃO 

          Entre os dias 07 e 10 de outubro de 2014, nas dependências Universidade Federal de Goiás, será realizada a XIII Semana de História, que tem como título “História, autoritarismo e redemocratizações”. As discussões priorizadas no evento serão os regimes autoritaristas e os processos de redemocratização, momentos da História que deixaram questões por esclarecer e compreender. O tema é referente a período de experiências trágicas vividas principalmente nas ditaduras da América Latina e os governos totalitaristas da Europa, principalmente devido à restrição da liberdade aliada à conduta de extrema violência por parte do Estado. O período das redemocratizações, também abordado no evento, se destaca por mudanças contundentes, mas também por permanências, a democracia carrega heranças negativas do autoritarismo.

          Para ilustrar a temática, escolhemos o mural “El Levantamento”, do pintor mexicano Diego Rivera. A obra apresenta um conflito de soldados e populares. No plano central da obra, uma figura feminina ao mesmo tempo que segura um bebê, também segura um braço de soldado armado por uma espada, num ato de resistência. Ao fundo, uma multidão se divide entre manifestantes e soldados, algumas das pessoas estão caídas no chão. A presença da mãe com seu bebê na manifestação e as bandeiras vermelhas sugerem um encontro das lutas relacionadas às demandas sociais e políticas. Episódios como esse marcaram diferentes países do mundo, em que regimes autoritários  vigoravam durante a segunda metade do século XX e foram fundamentais para a conquista da democracia.

          Para agir no presente, os seres humanos por vezes se voltam para o passado para obter referenciais. A História se faz útil ao auxiliar os seres humanos a se orientarem temporalmente. O presente está alicerçado em uma enorme estrutura feita de marcas deixadas por aqueles que vieram antes de nós. Entretanto, o período dos regimes autoritaristas constitui um passado repleto de lacunas. Partes importantes desse passado ficaram pelo caminho, assim como tantas pessoas que o vivenciaram, mas muito dele se encontra vivo, em documentos de papel e de carne e osso. Apesar da grande importância desses elementos para acessar facetas soturnas do passado do autoritarismo, estes vem sendo negligenciados pelas gestões democráticas e suas instituições na América Latina e também na Rússia. A tragédia é velada e os culpados beneficiados por uma democracia que se pensa opaca em relação ao momento anterior das ditaduras, mas as marcas do passado revelam um presente translúcido.  Por outro lado a Europa, principalmente a Europa Ocidental, por parte da União Europeia, mantém um esforço de afirmar a memória histórica como um importante elemento para constituição de uma identidade e para conciliação dos países europeus.           A democracia vigente, por meio de suas instituições não omite ou encobre a tragédia passada, bem como os que para ela contribuíram, seja pelos memoriais ou pelos documentos oficiais. Entretanto, apesar dos esforços relacionados à memória histórica, atualmente a Europa Ocidental é berço de grupos de ideologia fascista. A reflexão sobre o tema autoritarismo e redemocratizações é necessária na atualidade Ainda que muito sobre o tema tenha sido, publicado, encenado, gravado, o esforço compreensão do passado é um exercício árduo e dinâmico, pois deve atender às demandas do presente.

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